Já há algum tempo, temos assistido a diversos debates sobre gestão de viagens, em que a pauta principal refere-se à dúvida se uma autêntica OTA poderia substituir uma autêntica TMC.
Bem, primeiro cumpre esclarecer que uma TMC é uma OTA (o inverso, entretanto, não se aplica). Ambas oferecem, de forma igualmente online em real time, exatamente os mesmos conteúdos, já que basicamente, todos os fornecedores oferecem conteúdos (aéreos e não aéreos) respeitando o full content e a paridade tarifária, para evitar confusão e conflitos em seus próprios inventários.
Dito isso, ainda persiste a pergunta: Uma OTA pode substituir uma TMC? Há quem afirme que é melhor deixar o viajante procurar, por meio de seus próprios aplicativos, as melhores oportunidades de compras de serviços de viagens. Tudo indica que as pessoas desconhecem que uma TMC faz exatamente a mesma coisa, sem cobrar taxas típicas de OTAs, que chegam a 20% do valor efetivamente pago pelo bilhete aéreo ou diária de hospedagem.
Esta percepção equivocada ocorre quando se avalia o custo de uma viagem baseado somente no valor da tarifa, quando deveria se examinar o pacote todo, que pode incluir serviços adicionais, franquia de bagagem, assentos diferenciados, entretenimento a bordo, taxa de serviços, entre outros, ainda mais em tempos de branded fares e NDC (new distribution capabilities), novo protocolo de distribuição proposto pela IATA.
Em síntese, não avaliamos o custo após o 2º ou 3º click para verificar quanto ficou a conta, efetivamente.
Faz sentido a empresa permitir que o viajante priorize seus interesses pessoais de fidelização, em defesa da “experiência” do viajante?
Para contribuir nessa e outras análises e, principalmente, concluir se uma OTA é a mesma coisa que uma TMC, buscamos analisar algumas atividades de cada uma.
No recente debate ocorrido durante o Connect.Meeting, promovido pela GOL/DELTA/AIR FRANCE/KLM, ficou claro que as empresas também precisam entender a sua responsabilidade na gestão das viagens de seus colaboradores.
Assim, antes de focar a experiência do viajante, consideramos importante entender se as empresas e suas políticas estão preparadas para essa mesma experiência, num mundo cada vez mais conectado, porém mais preocupado ainda com a segurança e privacidade das informações do passageiro.
Para um melhor entendimento, veja na tabela abaixo alguns conceitos básicos dos modelos: