“O mercado MICE (Meetings, Incentives, Congress and Events), de maneira peculiar, esteve mais aquecido nos primeiros meses do ano e deve retomar a tendência de crescimento no segundo semestre”, explica Edmar Bull, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp).
A flexibilidade das agências de viagens corporativas que, com agilidade, transitam do mercado emissivo para atender à crescente oferta do receptivo – a previsão oficial é de que o Brasil receba, durante a Copa, cerca de 600 mil turistas estrangeiros –, garante ganhos de rentabilidade, manutenção e, na pior das hipóteses, redução de eventuais perdas decorrentes da retração das viagens de negócios.
Oportunidades
De acordo com dados divulgados pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), o índice de ocupação hoteleira está próximo aos 60% nas 12 cidades-sede – até o momento, mais de 185 mil diárias já foram comercializadas em dias de jogos e vésperas.
A cidade de Recife é a mais procurada, registrando ocupação de 77%. Fortaleza (72%), Rio de Janeiro (71%) e Cuiabá (65%) aparecem logo em seguida, o que reitera o potencial do megaevento em reforçar, aos visitantes estrangeiros, as vantagens de se realizar eventos corporativos nas diferentes regiões do país.
“Nós contamos com as agências associadas à Abracorp para nos ajudar a ocupar os hotéis associados ao FOHB, sobretudo em São Paulo, que ainda conta com 54% de disponibilidade, e nos períodos entre jogos nas demais cidades-sede.”, diz Roberto Rotter, presidente do FOHB.
No aéreo, a situação não é diferente. Todas as quatro principais companhias aéreas estão fazendo interessantes promoções, explorando algumas lacunas nesse período da copa, com preços extremamente competitivos, mas as duas maiores reforçaram suas posições para o período.
Somente a Gol irá oferecer um total aproximado de 5.2 milhões de assentos com destinos às cidades-sede da Copa do Mundo 2014, o que corresponde a 85% da capacidade total dos estádios nos jogos.
“Estamos mantendo a política de liberdade tarifária para o período da copa do mundo conforme divulgado em diversas mídias no inicio do ano. Mais de 90% das passagens aéreas para esse período apresenta tarifas a partir de R$98,90.” Afirma Fabio Mader, diretor comercial da Gol.
“Sabemos de outras edições que boa parte dos turistas possuem perfil corporativo, pois vem ao Mundial convidados pelos patrocinadores com o objetivo de estreitar laços comerciais e fechar negócios. Esperamos que o mesmo aconteça no Brasil. Passageiros que voarem com a TAM poderão aproveitar a nossa malha reforçada, com tarifas atrativas e pontuação em triplo no TAM Fidelidade.”Confirma Igor Miranda, Diretor Comercial da TAM Linhas Aéreas.
“Logo, se os dois componentes principais que compõem uma viagem, hotel e aéreo, tem disponibilidades, não há motivo para que as empresas suspendam suas rotinas nas viagens corporativas. Claro, nos dias dos jogos, em algumas rotas e destinos existirá uma alta demanda, mas temos muitas oportunidades. O que é necessário é um esforço adicional para alterar roteiros e planos de viagem para se adaptar a essas sazonalidades que o mercado está disponibilizando e, de quebra, aproveitar para assistir, in loco, à alguns duelos interessantes”, recomenda Gervasio Tanabe, diretor executivo da ABRACORP .